quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Saiba o que mudou taticamente após a chegada de Mano Menezes no Cruzeiro

      Entre a chegada de Mano Menezes e a saída de Paulo Bento, muito se mudou na forma de jogar do Cruzeiro, taticamente. Com o treinador português, o clube celeste criava muitas oportunidades ofensivas. Era um time extremamente agressivo, tanto que jogava com apenas três homens no meio campo, tendo em vista a possibilidade de manter três atacantes.
A derrota para o Fluminense por 2 a 0, no primeiro turno, ainda com o antigo treinador, foi um bom exemplo da formação 4-3-3, onde Bruno Ramires, Henrique e Alano formaram o meio campo, com Rafael Sóbis, Willian e Ábila no ataque. O 4-2-3-1 também chegou a ser implantado com o português, contra o Flamengo, pela 8ª rodada,por exemplo, o time contou com Henrique e Ariel Cabral na proteção, Arrascaeta, Alex e Alisson na armação, e apenas Riascos no ataque.
    Com Mano Menezes o time celeste passou a jogar com menos variações táticas e mantendo um time base. Tanto que, Ariel Cabral e Henrique formam a dupla de volantes, tendo Robinho, que é originalmente meia, como um possível terceiro volante quando não se têm a bola. Eis o motivo para o atual treinador não mantêr a mesma formação de 2015, quando também dirigia o clube. Robinho consegue marcar e atacar com frequência, não tendo a necessidade de um terceiro volante de ofício. Na armação, dois meias desempenham o papel, Robinho e Rafinha (Arrascaeta). O uruguaio chegou a ser titular em grande parte da temporada, porém, de acordo com as próprias palavras do treinador, não consegue marcar tão bem quanto Rafinha, o que prejudica o time. Atualmente, Rafinha é o titular no meio-campo. O ataque conta com Rafael Sóbis e Ábila, o primeiro também auxilia bastante na marcação, joga pelas beiradas do campo, recompondo o time nos avanços dos laterais principalmente.
     Portanto, é evidente a preferência de Mano por jogadores que desempenham mais de uma função em campo, especialmente aquelas relacionadas a defesa. Com a bola o time joga com um trio ofensivo, onde Sóbis funciona como um ponta, juntamente com Robinho (meia) e Ábila (atacante). Já sem a bola, Sóbis deixa de ter suas funções originais e volta para marcar. Portanto, ele é a peça chave do que quer implantar o treinador celeste, um time mais cooperativo, que produz menos ofensivamente, pois espera pra contra atacar, mas que se defense melhor, pois têm maior poder de marcação. Se antes, no primeiro semestre do ano, ainda com Paulo Bento, o Cruzeiro tinha a pior defesa do campeonato, com Mano a média de gols sofrida por partida diminuiu, sendo agora a sexta pior.

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